Marcadores Inflamatórios na Sepse

Parâmetros da coagulação
A ativação do sistema de coagulação é comum. Como a sepse é a causa inflamatória mais comum de distúrbios da coagulação, vários estudos tentam relacionar fatores da coagulação com a sobrevida. Diminuição dos inibidores do sistema da coagulação ocorre cedo durante a sepse, e parâmetros da coagulação podem ser usados como marcadores de diagnóstico. Os níveis de anti-trombina III (AT III) e D-dímeros refletem o desenvolvimento de um estado de hipercoagubilidade às vezes mais precoce que o surgimento de parâmetros clínicos usuais de sepse.


Proteína C Reativa
A proteína C reativa é uma proteína de fase-aguda sintetizada pelo fígado e liberada após o início de um processo inflamatório ou dano tecidual. Alguns estudos sugerem que a PCR seja um marcador de infecção ou sepse. Os níveis séricos aumentam após estímulo de várias citocinas como o FNT e interleucina-6. Em estudos recentes, o valor discriminatório para sepse foi 50 mg/L (sensibilidade 98,7%, especificidade 75%) e 79 mg/L (sensibilidade 71,8%, especificidade 66,6%). As concentrações de PCR aumentam rapidamente e, muitas vezes, estão elevadas já na admissão da UTI. Contudo, a meia vida curta de 19 horas torna útil a monitorização de seus níveis para acompanhar a resposta inflamatória, infecção e a resposta à antibioticoterapia. A dosagem de PCR é tecnicamente fácil e de custo pouco elevado.


Citocinas inflamatórias
 Citocinas inflamatórias formam um grupo heterogêneo de mediadores humorais da resposta inflamatória. As características comuns destas proteínas são a rápida inducibilidade por diferentes estímulos e meia vida curta. Portanto, os níveis de pico possuem pouca relação com a gravidade da inflamação. Entre as citocinas, a IL-6 e a IL-8 são as mais relacionadas com a gravidade da resposta a infecção ou inflamação.